Um amor intenso, uma paixão avassaladora. Fórmula perfeita, tudo para dar certo. No entanto, entra em cena um vilão: o preconceito. Ele traz à tona julgamentos infundados a respeito do amor, baseados apenas em detalhes culturais como idade - o tipo de discriminação que pensamos já estar superada. Será? Infelizmente, não. Muitos casais ainda encontram na discriminação o principal obstáculo para o romance e ouvem dizer que velho e novo não se misturam. Será que tais histórias podem ter o merecido "felizes para sempre"? No embate amor versus preconceito, há enamorados que desafiam padrões sócio-culturais, amigos e até a família. Todo tipo de preconceito passa pela escolha e o ser enamorado tem que saber até onde pode ir? Até onde eu conseguiria ir?
Pois bem o preconceito mais grave é o que parte da própria pessoa, que fica resistindo à paixão por envergonhar-se da diferença. Conheço diversos casais com as diferenças mais extremas, amiga de 31 anos com marido de 51(uma boa idéia kkk), amiga de também de 34 com marido de 44 e os que chamam mais atenção, a amiga de 34 e noivo de 26 anos(nem deveria, é a menor diferença), quanto número, né? E tudo isso são só números! Será? Os amigos homens então aff, sem comentários ‘catam’ das ‘teens’ às ‘corôas’ Pelo menos de amigos não teria que sofrer preconceito, certo? Não!!! Porque cada caso é um caso e no meu caso... Tenho um gênio difícil e uma auto-crítica intolerante. Fui taxativa em quase todos os casos, sempre defendendo que a diferença pesa, que a insegurança é reforçada nesses casos. E quando a diferença é muito grande, o casal nem tem papo, e depois de passada a química de pele não sobra mais nada. Mais uma vez me pergunto: será?
Se os entraves são tantos porque que as aparentes afinidades crescem tanto? Porque essa sensação que de há uma ligação quase que sobrenatural? Porque tanta sintonia? Se uma pessoa mais nova não tem nada a oferecer...Talvez muitos garotos de 25 anos não tenham nada na cabeça mas, nem todo mundo é igual! Há pessoas que são especiais desde sempre e que tem uma ‘química’ atemporal. Serão interessantes, ou até mesmo fascinantes, em qualquer idade. Não saberia hoje distinguir que impulso é esse que faz querer romper com padrões culturais hipócritas e ultrapassados e ao mesmo tempo se prende ao medo de expor-se ao ridículo. Para muitos casais, pelo menos pra esses que conheço, esse impulso foi mais forte e num salto de entrega total mergulharam em relações lindas apesar de sempre polemizadas pelos demais.
Eu fico surpresa ao ver a intensidade do sentimento que liga essas pessoas, coisa que nem entendo direito. Eu sei é que não têm mais poder de romper com isso, apesar de todas as contingências adversas, dos olhares de reprovação e do 'mundo' inteiro que os separa. Como se o que sentissem fosse algo terno, sincero e irrevogável. E se for efêmero, se esfriar, e caso se odeiem daqui a algum tempo... Não importa. Importa que estão sendo corajosos o suficiente pra tentar.