domingo, 8 de abril de 2012

AMOR É SEMPRE INCONDICIONAL! Se impõe concições... NÃO É AMOR!

Nesse fds fiz um estágio maternal com Malu, fomos pra Barra de São Miguel na sexta de manhã cedo e só voltamos hoje pela manhã pra o almoço de páscoa em família. Descobri muito sobre um fator essencial do amor - a incondicionalidade! Fala-se muito que só as mães sabem amar incondicionalmente, mas será? Será que é preciso por um ser humano no mundo pra realmente amá-lo? Não refleti apenas sobre o amor que dedicamos às crianças, pensei no amor de modo geral - pai, mãe, irmãos, amigos e parceiros...
Malu, como qualquer ser humano tem personaliade própria, porque um dos primeiros enganos que se comete em relação aos pequeninos é achar que são seres inseridos num padrão-idade, algho do tipo " uma criança de 5 anos faz isso, outra menor mal pensa, só faz gracinhas, e obviamente não é assim! Malu é bravinha, cheia de vontades, muito inteligente e muito hiperativa também. É claro que lidando com crianças é preciso estabelecer limites(confesso que não fui muito eficaz nisso) mas existe diferença entre impor limites e ditar condições pra viver os momentos. Fiquei me perguntando se com as outras pessoas não é do mesmo jeito... E taí, concluí que é! tem-se por princípio que mãe 'tem' que amar o filho de qualquer jeito, mas o que é o amor se não uma opção, uma escolha. Há mães que abandonam, mães que maltratam e graças a Deus há aquelas que AMAM!
Nossas relações com as pessoas são igualmente independentes, temos a opção de amá-las ou abandoná-las. Eu sei que vocês devem estar pensando "ela só acha isso porque não é mãe, não sabe o tamanho do amor que é..." Realmente não sou mãe, mas acho que o amor foi uma dádiva dada por Deus a todos nós pra ser infinito entre todos os seres por ele criados.
Malu me tirou do sério uma meia dúzia de vezes, eu tinha a opção de ligar pra Franci ir buscá-la, ou mesmo trazê-la de volta, mas, ao invés de desistir, insisti em ter momento legal com ela. Sei que no dia a dia, no convívio com as pessoas não é fácil, que muitas vezes parece ser melhor desistir mesmo, mas, se você não insistir e não tentar vai estar impondo condições ao AMOR, e talvez perdendo uma das grandes alegrias da vida - a capacidade de amar!
Hoje além de ser um grande dia pra fé cristã é também um grande dia pra mim, é o aniversário de papai, outro ente querido que as vezes parece dificultar ser amado... Já pensou se eu dissesse "Só vou amar meu´pai se ele parar de seguir determinada crença religiosa" Vou parecer uma ditadora maluca, não que eu não seja meio maluquinha, porque sei que sou rsrs. Mas muitas vezes é assim que agimos sem perceber.
Hoje, especialmente hoje, 08 de abril de 2012, domingo de páscoa percebi que toda forma de amor é por princípio INCONDICIONAL, se surgem imposições, condições indispensáveis não deve ser amor, é qualquer outra coisa, mas, não é amor! Estou feliz por perceber que amor é exigente, que essa exigência é diferente de cobrança e que podemos amar com um enorme coração de mãe, mesmo sem ser uma!
AMOR é entrega, é escolha, é instinto... Se fossemos fazer uma lista de prós e contras pra essa escolha muito provavelmente ficaríamos confusos porque haverá momentos que um fator super a favor se volta contra essa relação, em outros que o que parecia um grande empecilho torna-se algo de positivo pro convívio com aquela pesssoa, ao mesmo tempo que cada escolha implica em uma renúncia, indica também novas escolhas.
Escolher manter uma amizade ou mesmo um romance com aquele alguém especial envolve muito mais que uma decisão racional, valorativa de prós e contras, envolve antes de tudo, sua decisão pessoal de amar sem amarras, sem imposições, ahhh sem sacrifícios torturantes também! Porque quando uma coisa ou pessoa está na sua vida pra te fazer bem, não pode haver sacrifícios dramáticos a serem feitos, renúncias dolorosas ou concessões que anulem sua personalidade. Em 2008 tia Gleidinha me escreveu num cartão de aniversário "Amar com equilíbrio é respeitar a liberdade do outro e ofertar a si próprio a sensção de amplidão que o amor bem sentido gera na alma"  agora entendo...
No meu estágio maternal em tempo integral com Malu entendi que amo por opção e não por obrigação!
Não sou obrigada a amar meus pais, minhas irmãs, as pessoas com quem convivo, eu as amo por escolha! E conciente de que cada escolha implica em uma renúncia... Renuncio aos meus momentos de petulância em que insisto em querer saber o que é melhor pra todo mundo, a despeito  de suas próprias vontades, renuncio aos meus momentos de ira e principalmente renuncio a minha atitude controladora que me faz querer tudo do meu jeito sempre!

quarta-feira, 14 de março de 2012

Pergunta de 1 milhão de dólares...

Essa semana a pergunta de 1 milhão de Dólares é: Porque é tão difícil se perdoar? Desde a missa de ontem que isso não me sai da cabeça, muito bem Senhor, perdoai 70 vezes 7(Não pensem que eu não já contabilizei, são 490 vezes, e tem gente que já extrapolou...) Muito bem, eu vou perdoar, mas será que num já perdôo?  Sou tão complacente... Com os outros porque comigo o grau de intolerância anda alto... A vida anda muito corrida pra todo mundo, não é privilégio meu não ter tempo, mas mesmo assim me culpo ao extremo quando não consigo dar conta dos compromissos, que já não encaixam na agenda por eu me sobrecarregar. Por toda parte há desvios no caminho, claro que as pessoas que tem mais foco e concentração conseguem seguir sem enveredar por eles, mas, não preciso gastar horas de terapia tentando compreender ou até mesmo tentar resolver, meu comportamento repetitivo de me deixar abstrair facilmente.
Não quero com isso dizer que minha atitude dispersa não seja um problema, porque é, mas, lutar contra ela está se tornando enfadonho e inútil. Também não se trata de auto-condescendência, é apenas uma conclusão simplificadora. Existem milhões, vejam bem ‘milhões’ de coisas pra eu me preocupar, se eu for focar meu comportamento, tentando corrigir um defeito, defeito esse que se liga a outros defeitos e também algumas qualidades, vou ficar sem ação, adoro aquela frase “Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro”, de Clarice, me refiro à escritora, pois, Clarice, minha amiga Cau, é o oposto – focada, objetiva, certíssima ela, e eu admiro muito, mas não sou assim. Claro que venho me esforçando pra ser mais objetiva, e pra evitar acumular coisas a fazer, mas, não é da noite pro dia que se muda... Pior quem não muda nunca!
A cobrança das pessoas pesa, mas, é meu dever viver de acordo com minha consciência e não da opinião alheia, portanto EU ME PERDÔO! Quem dera fossem apenas os compromissos da vida que nos fizessem sentir culpadas e carregar culpa por semanas, meses e até anos... Não me parece mais difícil que se perdoe o outro, sempre há uma boa razão pra perdoar, nem que seja bancar a superior, mas há. Porém quando estamos tomados pelo problema, seja a desavença pessoal ou profissional, estamos emocionalmente muito envolvidos pra perceber que o perdão e o esquecimento são armas que você usa pra se proteger e não pra agraciar o outro. Quando você perdoa, se liberta do problema e segue, quando não perdoa outro segue deixando o problema com você. Lembro-me de uma carta ou cartão (sei lá, tem mais de 20 anos) que uma prima mandou pro ‘ex’ onde se queixava do fim do relacionamento, ela escreveu em tom dramático “eu te perdôo as mentiras, mas, não perdôo por ter acreditado nelas” acreditem que até hoje não esqueço isso, tem coisa mais doida que se culpar até pelos erros alheios? Aff!
Ninguém precisa virar promotor de justiça, cuja função é apontar os erros alheios e cuidar pra sejam condenados aqueles de fato culpados, muito menos carregar pra si as culpas do mundo, mas não custa também separar as coisas, o que foi erro e é fato desculpável do que foi maldade, traição itens perdoáveis nas relações humanas!
Como tudo na vida a prática leva a perfeição, com o perdão não é diferente, ainda assim a pergunta persiste; porque é tão difícil perdoar a si mesmo? Acredito que seja muito difícil admitir que fracassou, seja ruim aceitar que foi preguiçoso, que não agiu corretamente, enfim É DIFÍCIL ERRAR, quer dizer, admitir o erro, porque errar é humano (!), e como diz lá a musica de Chris Martin Every step that you take, could be your biggest mistakee é isso mesmo, corremos o risco de errar sempre, importante é que o intuito seja acertar, e alguma hora a gente acerta. Não preciso tecer comentários da minha personalidade temperamental para dizer que às vezes me irrito com facilidade, porém não sou uma pessoa malograda, amarga, não tenho um pingo de modéstia em dizer que sou generosa, afetuosa e sincera sempre! Se digo que perdoei, perdoei k... não insista no assunto se não vira motivo pra outra briga (rsrs)
O perdão é um catalisador que cria a ambiência necessária para uma nova partida, para um reinício. Martin Luther King
Pois bem, vamos todos tratar de perdoar as próprias falhas, tentar melhorar, partir pro reinício, porque de nada adianta remoer os erros passados, o que passou é passado, pra frente é que se anda, como diz a sabedoria popular “até um chute na bunda te empurra pra frente”. Na vida já existem muitos entraves, não seja você mesmo um problema a mais. Hoje acredito estar em busca de equilíbrio e quanto maiores forem os empecilhos, maior será minha fé! Nem que precise me mudar pros Capuchinhos rsrs

sexta-feira, 9 de março de 2012

A importância das pessoas na nossa vida

Tudo começou com esse e-mail:
Olá!!!
"O destino une e separa as pessoas, mas, nenhuma força é tão grande para fazer esquecer pessoas, que por algum motivo um dia nos fizeram felizes".
Chega um momento na vida em que você sabe:
•    Quem é importante para você,
•    Quem nunca foi,*
•    Quem não é mais,
•    E quem o será sempre.
P.S. Acho que cheguei num ponto da vida que consigo perceber que de todos que passaram na minha vida não há ninguém que nunca foi importante! Há aqueles que passaram comigo o tempo que 'era pra ser' e outras pessoas que eram pra ser por muito tempo mesmo, talvez pra sempre, nunca se sabe. Toda pessoa que convivi nessa vida foram importantes pra mim num dado momento! Até mesmo as pessoas que são 'meio tapadas' e não entendem sua importância na minha vida, não perdem seu valor por isso!(Binha)
 
Aí como não sei reencaminhar uma mensagem sem expressar minha opinião a respeito escrevi o 'P.S.' Como na comunicação falada, minha escrita é assim, como posso definir... 'efusiva'! Não tinha como não observar, um item que diz que chega um momento que você sabe 'quem nunca foi importante na sua vida'... Pode não ser agora, mas foi, fez parte, ensinou algo, nem que tenha sido pra te mostrar que existe gente muito sacana nesse mundo! Mas deve ter tido lá seu valor...
Durante a semana algumas frases postadas nas redes sociais me chamaram a atenção por tratar disso, do ir e vir das pessoas nas relações, claro que tem de tudo, desde as mais desdenhosas como "Aquilo que não te acrescenta, em nada te fará falta.", as simplistas  que são fato, como 'Quem muito se ausenta, uma hora deixa de fazer falta!”até a singela e poética de Caio F. Abreu "Posso esquecer quem me deixou triste,mas não esqueço jamais de quem me fez feliz".
No Saia Justa da última quarta, Leo Jaime disse que aparentemente é assim: no Orkut as pessoas estavam deprimidas, solitárias, saudosas; no facebook todos estão 'extremamente' felizes, só tem coisas boas pra compartilhar; e no twitter estão furiosos, indignados ao mesmo tempo em que prosaicos falam das coisas mais banais do dia, até concordo com ele quanto à histeria da felicidade instantânea do mundo virtual, mas o fato é que na era das redes sociais tudo foi facilitado, acesso e distanciamento, pois as pessoas estão todas muito conectadas, basta um clique e você demonstra que tá acompanhando o crescimento daquela filha linda da amiga, que já tá andando, ou dos primos distantes que estão começando a formar a própria família. Mas também essa facilidade de acesso pode explicitar que alguns estão ausentes por opção! Há uma frase de G.B. Shaw no MSN de um 'conhecido' meu (será que já passou nosso probatório, e viramos amigos? rsrs), que diz assim “o silêncio é a mais perfeita expressão do desprezo" e assim se processa nesse mundo virtual onde estamos todos tão interligados, conectados, misturados. Se alguém nunca responde seus e-mails, nunca dá um oi sequer via face, twitter, sms, bbm... Voltando a importância das pessoas , não estou aqui pra discutir mídias sociais, nem etiqueta online.
Concordo que todos que passam e/ou passaram em nossas vidas têm valor. Às vezes me vejo lembrando de alguém que não lembrava há muito tempo. Pessoas que construíram uma história comigo, pessoas com quem tive uma afinidade por um tempo. Outras vezes uma pessoa que mal conhecemos já nos faz uma falta enorme. Infelizmente a maioria nos chega trazendo o aprendizado de forma dura e só poucos o aprendizado de forma amorosa. Gosto muito de uma frase que diz que se podemos aprender com os duros golpes da vida, também podemos aprender com os toques suaves da alma, e é isso! Os encontros na vida são toques na alma, quando encontramos aquela pessoa especial, novos amigos, ou mesmo quando nos relacionamos mesmo no trabalho estamos colocando nossa alma em contato com a do outro, e fazer desse encontro uma coisa boa, abençoada, depende mais de nós do que do próprio Deus.
Há uma citação de Gandhi, onde ele conclui mais ou menos que precisamos mesmo, acima de tudo para viver, ter paciência e tolerância, assim, saberemos receber e passar por todos os aprendizados compreendendo, vivenciando e absorvendo. Entendo que nosso maior erro é quando não aprendemos nada e obrigatoriamente plantamos a necessidade de repetir (engraçado falar nisso, justo agora que estou prestes a refazer um mestrado).
A cada um dos meus amigos, e alguns desafetos também (rsrs) gostaria de dizer que fico feliz que tenhamos nos encontrado e espero ter contribuído de forma positiva neste encontro. A importância que damos às pessoas tem a ver com o retorno que receberemos, não necessariamente em igual proporção, porque as pessoas não amam do mesmo modo, as pessoas não odeiam do mesmo jeito! Tem quem ame em silêncio como quem ouve uma sintonia... Tem quem ama colocando num outdoor! Tem quem detesta, mas, tolera, ignora e só, mas também tem aqueles que quando num gostam... Aff, implicam, perseguem, difamam, confrontam, enfim infernizam! Nessa vida aprendemos que só podemos nos responsabilizar pelo que sentimos, fazemos e dizemos, como os outros reagem... Está fora do nosso controle. Portanto, é preciso ter carinho pelas pessoas que passam na nossa vida, amá-las sem amarras, entendê-las se possível, apoiá-las, mas, acima de tudo respeitar cada pessoa que cruza nosso caminho, porque, nenhum deles é menos importante, porque recebemos sempre aquilo que era necessário, porque de alguma forma nós plantamos. No carnaval, nas horas solitárias de viagem (como se eu ficasse sozinha muito tempo... Sem puxar ou dar conversa pra alguém rsrs) refleti muito sobre isso e posso afirmar de todos que passaram na minha vida não há ninguém que nunca foi importante! Parafraseando Renato Russo (amo!) "não tenho tempo de odiar ninguém, vivo muito ocupada amando quem me ama, quem eu quero bem..."

segunda-feira, 5 de março de 2012

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Meu mural do face hj


"A tristeza se acompanha da dor, mas ela é finita. A dor passará. Assim, é importante saber que podemos nos perceber felizes e, ao mesmo tempo, tristes (mas não melancólicos ou deprimidos), doloridos (mas não em sofrimento), ansiosos (mas não angustiados) ou com medo (mas não em pânico). Porém, se condicionarmos nossa felicidade à inexistência de momentos difíceis, exigentes, ou à realização de todos os nossos desejos, de fato, não nos sentiremos felizes" (A felicidade possível, p. 27).
 Do meu futuro orientador(se Deus permitir) hoje no Facebook.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Vale a intenção de dividir com vcs amigos queridos, próximos e distantes, minhas inspirações e insanidades!

Mais um dia dos namorados... E eu??? E o amor da minha vida???

"Nesta página, hoje, sem razão especialnem data marcada, estou homenageando aqueles que têm estado comigo seja como for, para o que der e vier"
Que qualidade primeira a gente deve esperar de alguém com quem pretende um relacionamento? ... aquelas que se esperaria do melhor amigo. O resto, é claro, seriam os ingredientes da paixão, que vão além da amizade. Mas a base estaria ali: na confiança, na alegria de estar junto, no respeito, na admiração. Na tranqüilidade. Em não poder imaginar a vida sem aquela pessoa. Em algo além de todos os nossos limites e desastres.
Talvez seja um bom critério. Não digo de escolha, pois amor é instinto e intuição, mas uma dessas opções mais profundas, arcaicas, que a gente faz até sem saber, para ser feliz ou para se destruir. Eu não quereria como parceiro de vida quem não pudesse querer como amigo. Texto de Lya Luft, publicado na revista Veja(Data? Não tenho  mínima idéia... copiei no sala de espera do dentista mas, a revista era bem velhinha...)

Quando crianças temos um mundo inteiro para descobrir e explorar. E este mundo parece não ter fronteiras, tamanha sua vastidão. Nossos amigos são poucos e estão sempre próximos. Companheiros da escola, curtem o recreio conosco, partilham a merenda, obrigações e diversões são partilhadas; tem os amigos da rua, moramos próximos, brincamos na rua, vamos as festinhas juntos – fazemos as festinhas... Tem os amigos que são cativados na faculdade... Época áurea viver experiências e descobertas que não se consolidaram na adolescência! A idade avança e somos contemplados com o rótulo de adultos. Mudam nossos propósitos, responsabilidades e prioridades. E, quase que invariavelmente, também mudamos de casa, de bairro(todos que casaram...), talvez de município, Estado(Taci, Déia, Jones...) ou mesmo país(Cau, Júnior). Nosso mundo, agora, fica bem delineado. Passamos a tratar com mais e mais pessoas e, paradoxalmente, cultivamos menos amizades porque nossas relações são todas marcadas com o lacre da superficialidade, não obrigatoriamente mas, em grande parte.

Pessoas entram e saem de nossas vidas. Muitos passam a ser nossos conhecidos, de um vizinho que mora na casa ao lado ou no apartamento do andar de cima, a profissionais que vemos em uma reunião de negócios ou congressos. Sobre estes, pouco ou nada sabemos, nem mesmo o nome. Já alguns passam a ser nossos colegas. Dividem o tempo e o espaço conosco.  Já os amigos são pessoas que compartilham com alegria as nossas vitórias, mas que nos acolhem despretensiosamente nos maus momentos. Nós os descobrimos na adversidade e na infelicidade. São apoiadores por natureza, mesmo quando discordam de nossas posições. Amigos são bons ouvintes e concedem-nos sua atenção, sabem que muitas vezes não queremos opiniões ou comentários, mas apenas sermos pacientemente ouvidos. Não existem bons ou maus amigos, sinceros ou dissimulados. Por definição, um amigo é verdadeiro, honesto, leal e digno de honra e admiração. Sem um pingo de modéstia espero o mesmo dos meus amigos para comigo, que me julguem verdadeira honesta, leal...

Melhor do que conquistar novos amigos é conservar os velhos. Por isso, visite seus amigos com freqüência. Relacionamentos não se constroem por telefone ou e-mail. São bons expedientes para se manter uma amizade, mas precisamos mesmo é estar “cara a cara” com as pessoas que apreciamos. Olhos que brilham, braços que envolvem, palavras que acalentam. Não diminuindo a importância de ninguém durante minha “separação” em 2004, mas, lembro-me de um daqueles dias terríveis... E que o destino por obra e graça fez com que Cau estivesse em Maceió e fosse me visitar no exato momento que eu precisava de seu colo amigo! Sei que todos outros estavam dando o máximo de si pra me ver bem... Naquele dia compreendi o significado mais profundo da palavra “afinidade” no tocante à amizade. Não nos víamos a tempos e ela me acolheu e compreendeu como se estivesse comigo todos os dias da “tragédia”! Quero com isso dizer que a impossibilidade de visitá-la não diminui sua importância em minha vida mas, que o encontrar e estar junto nas alegrias(os últimos carnavais...) e tristezas contam muito!  Afinal não é isso que o padre fala no altar... Então o amor da minha vida tem que me servir antes de tudo pra amigo! Deixa eu terminar de falar de amizade pra mergulhar na seara da paixão!
Voltando à amizade, só pra concluir, ela torna as pessoas mais amenas, gentis, generosas e felizes, mas, para se ter amigos, é preciso antes ser um. E isso envolve atitude; começar junto e terminar junto. Assim se edifica uma sólida amizade. Se não houver solidez não é amizade, não é amigo, é colega! E colega só serve pra dividir o tempo e o espaço conosco, isso não é o bastante! Não pra quem vamos dividir a vida e até os amigos, nossos bens mais preciosos! Parafraseando Lya Luft eu não quereria pra parceiro de vida alguém que não quisesse pra amigo!

Ainda seguindo a lógica de Lya, segue-se na escolha os ingredientes da paixão... O lado instintivo e intuitivo da busca... Primeiro vamos pensar em paixão, esse misterioso e típico fenômeno humano, emoção enigmática e potente, que é a paixão, desperta em nós um instantâneo fascínio, quase surreal. Um conceito mítico. Ela permeia nossos atos e pensamentos, embaraçando sonhos, desejos, realidades e fantasias. Nos diferenciamos dos demais animais pela capacidade de nos apaixonar! O amor de forma geral é instintivo e sua forma mais fraterna dividimos até com nossos bichos de estimação, mas, a gana da paixão só acontece em homens e mulheres, só nós superamos nossa própria razão pra sentir emoções que estão além de nós mesmos! E isso não é amor, amor mesmo! Pois amor é outra coisa...

A paixão é ação, movimento, inquietude e novidade sempre! Já a experiência com o amor, é outra história! O amor somente transforma a nossa realidade, traz novas capacidades, e quase sempre um estimulante convite a vivê-lo sem mistérios, sendo o que é e com a plenitude da perfeição. O Amor tem uma relação íntima com a complexidade de nossa existência humana. Nesse ponto recordo-me da insistência de Taci em ouvir repetidamente Maria Bethânia na música em que recita “Todas as Cartas de Amor são Ridículas” de Fernando Pessoa. No amor perdas e ganhos são apenas argumentos da sua história, como um retrato interior que se cria na vida do destino sem peso positivo ou negativo apenas constituem nossa experiência amorosa. É singular e único como uma impressão digital. Amores são únicos! Não que possamos amar só uma vez, não se trata disso! Mas que cada amor será único, isso é certo! Enquanto a paixão... Podemos nos apaixonar todas as semanas e sempre vamos ter um quê de novidade que não significará nunca unicidade como no amor!

Na paixão a necessidade de novidade não nos permite perceber que no fundo estamos nos apaixonando hora por diferentes pessoas num mesmo corpo ou pelas mesmas pessoas, só que em outros corpos! Não se trata também de definir paixão como coisa de pele e só! Mas... Basicamente todos tendemos a estabelecer um “gosto”, um padrão pra nossos parceiros... O que também não é nada mal! Apenas é preciso ter cuidado com a força que nossa alma se entrega às paixões porque diferentemente do amor, como já disse, podemos nos apaixonar constantemente e aí nossas forças vão se esgotando! Não tenho nada contra a paixão, sou até bastante adepta! Eu me apaixono por coisas e pessoas o tempo todo! Muitas dessas paixões me fizeram dar grandes passos na vida, outras infelizmente trouxeram regressões! Na verdade, percebi que elas são bons combustíveis, metaforicamente perfeita a analogia, porque ardem, queimam, movem!!! Porém, se consomem, acabam!

Nos últimos anos conheci versões surpreendentes de mim, enfrentando as incertezas da tristeza, do luto nas perdas, da ameaça nas doenças e o medo de tudo e ao mesmo tempo medo de nada. O resultado é uma versão inédita, capaz de viabilizar transformações e de desafiar alguns limites(me superei em junho!). Infinitas soluções elaboradas arduamente na direção de alcançar o prazer, a alegria e felicidade, sempre apoiadas nas possibilidades do amor, de paixão... Como o viver humano esconde a simplicidade na sua múltipla diversidade, acredito que a versão de hoje não é o produto final! Hoje estou consciente que minhas transformações são regidas por uma raiz bem complexa: da força de um inconsciente, que tem uma intima relação com sexualidade, que é o campo do desejo, do prazer, das paixões e do próprio amor...

“Não é que vivo em eterna mutação, com novas adaptações a meu renovado viver e nunca chego ao fim de cada um dos modos de existir. Vivo de esboços não acabados e vacilantes. Mas equilibro-me como posso, entre mim e eu, entre mim e os homens, entre mim e o Deus.” (Um sopro de vida - Clarice Lispector)

Por fim... Onde mesmo que comecei? Mais um dia dos namorados... Eu? Eu estou feliz porque simplesmente decidi estar! E o amor da minha vida? Paciência!!! Os requisitos só estão aumentando... A oferta do mercado piorando, é melhor “o cara” me encontrar porque eu desisti de procurar!  Ainda mais agora que descobri que tem que primeiro ter os pré-requisitos de amigo!!! Vou reavaliar os amigos solteiros... kkk... já é meio caminho andado, né? Que nada... Vou seguir quebrando a cara até achar “O CARA”!

P.S. Este ano estou apaixonadíssima!!! Então nada de achar que minhas inspirações são conspirações da solteirice inveterada! Muito pelo contrário... (Texto de junho de 2007)

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Corre que lá vem a "folia de Momo"

Em tempos de culto a imagem e de padrões estéticos cada dia mais exigentes, a proximidade do carnaval, festa de maior exibição do dotes físicos, traz à tona o dissenso sobre a real importância da atividade física na vida das pessoas. É fim de férias pra muitos, pra outros apenas fim do recesso, mas, estamos em pleno verão e exibir os corpos torna-se regra, nem todos tem o bom senso do que deve ou não está à mostra, mas, aí é outra história... Fato é que férias, verão, calor e muita pele a mostra faz muita gente querer se enquadrar um padrão que não é o seu pra satisfazer ao olhar alheio, lotando os shakes’ da vida e deixando de curtir prazeres simples como uma boa pizza na companhia de amigos...
Diferentes aspectos do comportamento humano podem ser identificados, desde o mimetismo da mente infantil que sente necessidade de repetir comportamentos pra sentir-se aceito, ao eterno insatisfeito, que mesmo pesando uns 10kg a menos do indicado acha eu deve perder ‘alguma coisinha’ pra ficar no corpo ideal, claro que há aqueles que realmente estão ‘ se cuidando’ sempre, que curtem mesmo os cuidados com o corpo e aqueles que querem correr atrás do prejuízo com dietas milagrosas e ‘maratonas’ de exercícios, ahh umas boas câimbras pra aprender rsrs... Não sei o quanto alguém acredita que vai perder de medidas ou ganhar em músculos nessas menos de três semanas que restam até a grande festa da folia, folia de momo apesar dos gordinhos não terem vez...
Tá todo mundo correndo pras academias, indo manhã e noite correr/andar/trotar (tem isso agora, podre!) no calçadão da orla, nos condomínios onde moram. Eu ando na contramão disso tudo. Acho patéticas frases do tipo “não é por estética, é uma questão de saúde”  estou ficando em forma pra mim, e não pros outros(e na verdade a criatura se exporia num pedestal se tivesse chance) e pior ainda “ vale qualquer sacrifício pra estar na ‘shape’ no carnaval”.
Primeiro se não é por estética e sim por saúde não tem pressa! Saúde é essencial pra beleza de modo geral, gordos e magros saudáveis tendem a ter uma ‘cutis iluminada’, cabelos brilhantes, sorriso no rosto e disposição! E quanto aos desesperados da ‘Imagem’, aquelas pessoas que dariam um rim pela bela e boa forma física, só daria um conselho - vai ler um bom livro porque no dia que a gravidade atingi-lo só a boa conversa vai lhe restar, e falar do quanto puxou de ferro, ou quantas horas corria, nadava e pedalava só vai atrair companhia por no máximo 1h... A verdade é que as pessoas realmente saudáveis são felizes, gordas, magras ou com um leve sobrepeso(meu caso)!
Acredito que pra mim seja fácil porque tenho até ordens médicas restritivas de exercícios (kkk...), pior que é sério, nada de musculação por causa das varizes, nada de exercício aeróbico de impacto por causa dos joelhos e nada de me esgotar fisicamente por conta das enxaquecas, e sempre que entro numa de ‘malhar’ é realmente por prazer, porque sou muito agitada e gastar energia me faz bem, me deixa mais tranqüila. Minhas paranóias com peso, com corpo não vão além do básico da mulher brasileira que quer perder 2 ou 3kg, até Dilma já confessou em rede nacional esse ‘excesso’ de peso.
Sempre vivi as voltas com a balança, já tomei remédio pra emagrecer, há um século fiz uma pequena lipo, mas, nada disso me satisfez, a grande solução pra minha ‘shape’ mudar de ‘fora de forma’ para ‘gordinha não, gostosa’ foi aceitação, minhas curvas são assim meio Niemeyer mesmo. Quando comecei a aceitar que meu padrão estético não me faz mal, que o que faz mal é ficar se oprimindo, deixar de tomar meu vinho, minha ‘sueca’, deixar de cozinhar pra receber meus amigos queridos, e claro degustar dos meus dotes culinários nessas reuniões prazerosas, isso sim me tira da forma. Lógico que estou sempre caminhando meus 6km diários, com a promessa de passar a correr em breve(rsrs), que me esforço pra dormir 8h por noite, mas tudo isso sem rigidez. Se não estou afim nem saio da cama cedo, se quero bater papo no msn com amigos que estão longe e virar a noite e só der pra dormir 4 ou 5h tudo bem também, o importante é manter o equilíbrio das atividades e realizá-las com prazer!
Não achem que estou fazendo apologia ao sedentarismo e má alimentação, apenas acredito que a importância de se cuidar, de manter um nível mínimo de qualidade de vida no tocante ao corpo físico não pode ultrapassar a qualidade de vida como um todo, defendendo que a qualidade de vida é prazer, eu acredito que o desempenho das atividades cotidianas e até mesmo da malhação pesada como forma de obtenção e manutenção desse ideal físico, seja natural, mas é natural desde que a pessoa esteja na sua sintonia, esteja fazendo por um prazer seu, e não pra ficar ‘na moda’!
Quanto aos meus quilinhos a mais, esse ano comprei biquínis lindos e maiores, shorts tamanho... Pensaram que eu diria rsrs e vestidinhos soltinhos e alegres, tenho certeza que vou arrasar no Rio, até mesmo porque até hoje mesmo com sobrepeso nunca fiquei sem companhia por causa disso, Como disse a protagonista de Comer, rezar e Amar “ até hoje nenhum homem correu quando eu tirei a roupa” e como diz minha amiga Cau “ sou uma gordinha charmosa!”
P.S. Não estou nessa sintonia mas admiro, respeito e dou o maior valor pra galera que tá lotando academia, correndo, fazendo dieta...

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Preconceito e idade

Um amor intenso, uma paixão avassaladora. Fórmula perfeita, tudo para dar certo. No entanto, entra em cena um vilão: o preconceito. Ele traz à tona julgamentos infundados a respeito do amor, baseados apenas em detalhes culturais como idade - o tipo de discriminação que pensamos já estar superada. Será? Infelizmente, não. Muitos casais ainda encontram na discriminação o principal obstáculo para o romance e ouvem dizer que velho e novo não se misturam. Será que tais histórias podem ter o merecido "felizes para sempre"? No embate amor versus preconceito, há enamorados que desafiam padrões sócio-culturais, amigos e até a família. Todo tipo de preconceito passa pela escolha e o ser enamorado tem que saber até onde pode ir? Até onde eu conseguiria ir?
Pois bem o preconceito mais grave é o que parte da própria pessoa, que fica resistindo à paixão por envergonhar-se da diferença. Conheço diversos casais com as diferenças mais extremas, amiga de 31 anos com marido de 51(uma boa idéia kkk), amiga de também de 34 com marido de 44 e os que chamam mais atenção, a amiga de 34 e noivo de 26 anos(nem deveria, é a menor diferença), quanto número, né? E tudo isso são só números! Será? Os amigos homens então aff, sem comentários ‘catam’ das ‘teens’ às ‘corôas’ Pelo menos de amigos não teria que sofrer preconceito, certo? Não!!!  Porque cada caso é um caso e no meu caso... Tenho um gênio difícil e uma auto-crítica intolerante. Fui taxativa em quase todos os casos, sempre defendendo que a diferença pesa, que a insegurança é reforçada nesses casos. E quando a diferença é muito grande, o casal nem tem papo, e depois de passada a química de pele não sobra mais nada. Mais uma vez me pergunto: será?
Se os entraves são tantos porque que as aparentes afinidades crescem tanto? Porque essa sensação que de há uma ligação quase que sobrenatural? Porque tanta sintonia? Se uma pessoa mais nova não tem nada a oferecer...Talvez muitos garotos de 25 anos não tenham nada na cabeça mas, nem todo mundo é igual! Há pessoas que são especiais desde sempre e que tem uma ‘química’ atemporal. Serão interessantes, ou até mesmo fascinantes, em qualquer idade.  Não saberia hoje distinguir que impulso é esse que faz querer romper com padrões culturais hipócritas e ultrapassados e ao mesmo tempo se prende ao medo de expor-se ao ridículo. Para muitos casais, pelo menos pra esses que conheço, esse impulso foi mais forte e num salto de entrega total mergulharam em relações lindas apesar de sempre polemizadas pelos demais.
Eu fico surpresa ao ver a intensidade do sentimento que liga essas pessoas, coisa que nem entendo direito. Eu sei é que não têm mais poder de romper com isso, apesar de todas as contingências adversas, dos olhares de reprovação e do 'mundo' inteiro que os separa. Como se o que sentissem fosse algo terno, sincero e irrevogável. E se for efêmero, se esfriar, e caso se odeiem daqui a algum tempo... Não importa. Importa que estão sendo corajosos o suficiente pra tentar.

Posso aceitar o horror penoso de me ver vazia emocionalmente no futuro. O que não posso é deixar de viver hoje efetivamente minha vida. Para mim, felicidade sempre vai ser mais importante do que a idade da companhia.