quarta-feira, 14 de março de 2012

Pergunta de 1 milhão de dólares...

Essa semana a pergunta de 1 milhão de Dólares é: Porque é tão difícil se perdoar? Desde a missa de ontem que isso não me sai da cabeça, muito bem Senhor, perdoai 70 vezes 7(Não pensem que eu não já contabilizei, são 490 vezes, e tem gente que já extrapolou...) Muito bem, eu vou perdoar, mas será que num já perdôo?  Sou tão complacente... Com os outros porque comigo o grau de intolerância anda alto... A vida anda muito corrida pra todo mundo, não é privilégio meu não ter tempo, mas mesmo assim me culpo ao extremo quando não consigo dar conta dos compromissos, que já não encaixam na agenda por eu me sobrecarregar. Por toda parte há desvios no caminho, claro que as pessoas que tem mais foco e concentração conseguem seguir sem enveredar por eles, mas, não preciso gastar horas de terapia tentando compreender ou até mesmo tentar resolver, meu comportamento repetitivo de me deixar abstrair facilmente.
Não quero com isso dizer que minha atitude dispersa não seja um problema, porque é, mas, lutar contra ela está se tornando enfadonho e inútil. Também não se trata de auto-condescendência, é apenas uma conclusão simplificadora. Existem milhões, vejam bem ‘milhões’ de coisas pra eu me preocupar, se eu for focar meu comportamento, tentando corrigir um defeito, defeito esse que se liga a outros defeitos e também algumas qualidades, vou ficar sem ação, adoro aquela frase “Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro”, de Clarice, me refiro à escritora, pois, Clarice, minha amiga Cau, é o oposto – focada, objetiva, certíssima ela, e eu admiro muito, mas não sou assim. Claro que venho me esforçando pra ser mais objetiva, e pra evitar acumular coisas a fazer, mas, não é da noite pro dia que se muda... Pior quem não muda nunca!
A cobrança das pessoas pesa, mas, é meu dever viver de acordo com minha consciência e não da opinião alheia, portanto EU ME PERDÔO! Quem dera fossem apenas os compromissos da vida que nos fizessem sentir culpadas e carregar culpa por semanas, meses e até anos... Não me parece mais difícil que se perdoe o outro, sempre há uma boa razão pra perdoar, nem que seja bancar a superior, mas há. Porém quando estamos tomados pelo problema, seja a desavença pessoal ou profissional, estamos emocionalmente muito envolvidos pra perceber que o perdão e o esquecimento são armas que você usa pra se proteger e não pra agraciar o outro. Quando você perdoa, se liberta do problema e segue, quando não perdoa outro segue deixando o problema com você. Lembro-me de uma carta ou cartão (sei lá, tem mais de 20 anos) que uma prima mandou pro ‘ex’ onde se queixava do fim do relacionamento, ela escreveu em tom dramático “eu te perdôo as mentiras, mas, não perdôo por ter acreditado nelas” acreditem que até hoje não esqueço isso, tem coisa mais doida que se culpar até pelos erros alheios? Aff!
Ninguém precisa virar promotor de justiça, cuja função é apontar os erros alheios e cuidar pra sejam condenados aqueles de fato culpados, muito menos carregar pra si as culpas do mundo, mas não custa também separar as coisas, o que foi erro e é fato desculpável do que foi maldade, traição itens perdoáveis nas relações humanas!
Como tudo na vida a prática leva a perfeição, com o perdão não é diferente, ainda assim a pergunta persiste; porque é tão difícil perdoar a si mesmo? Acredito que seja muito difícil admitir que fracassou, seja ruim aceitar que foi preguiçoso, que não agiu corretamente, enfim É DIFÍCIL ERRAR, quer dizer, admitir o erro, porque errar é humano (!), e como diz lá a musica de Chris Martin Every step that you take, could be your biggest mistakee é isso mesmo, corremos o risco de errar sempre, importante é que o intuito seja acertar, e alguma hora a gente acerta. Não preciso tecer comentários da minha personalidade temperamental para dizer que às vezes me irrito com facilidade, porém não sou uma pessoa malograda, amarga, não tenho um pingo de modéstia em dizer que sou generosa, afetuosa e sincera sempre! Se digo que perdoei, perdoei k... não insista no assunto se não vira motivo pra outra briga (rsrs)
O perdão é um catalisador que cria a ambiência necessária para uma nova partida, para um reinício. Martin Luther King
Pois bem, vamos todos tratar de perdoar as próprias falhas, tentar melhorar, partir pro reinício, porque de nada adianta remoer os erros passados, o que passou é passado, pra frente é que se anda, como diz a sabedoria popular “até um chute na bunda te empurra pra frente”. Na vida já existem muitos entraves, não seja você mesmo um problema a mais. Hoje acredito estar em busca de equilíbrio e quanto maiores forem os empecilhos, maior será minha fé! Nem que precise me mudar pros Capuchinhos rsrs

sexta-feira, 9 de março de 2012

A importância das pessoas na nossa vida

Tudo começou com esse e-mail:
Olá!!!
"O destino une e separa as pessoas, mas, nenhuma força é tão grande para fazer esquecer pessoas, que por algum motivo um dia nos fizeram felizes".
Chega um momento na vida em que você sabe:
•    Quem é importante para você,
•    Quem nunca foi,*
•    Quem não é mais,
•    E quem o será sempre.
P.S. Acho que cheguei num ponto da vida que consigo perceber que de todos que passaram na minha vida não há ninguém que nunca foi importante! Há aqueles que passaram comigo o tempo que 'era pra ser' e outras pessoas que eram pra ser por muito tempo mesmo, talvez pra sempre, nunca se sabe. Toda pessoa que convivi nessa vida foram importantes pra mim num dado momento! Até mesmo as pessoas que são 'meio tapadas' e não entendem sua importância na minha vida, não perdem seu valor por isso!(Binha)
 
Aí como não sei reencaminhar uma mensagem sem expressar minha opinião a respeito escrevi o 'P.S.' Como na comunicação falada, minha escrita é assim, como posso definir... 'efusiva'! Não tinha como não observar, um item que diz que chega um momento que você sabe 'quem nunca foi importante na sua vida'... Pode não ser agora, mas foi, fez parte, ensinou algo, nem que tenha sido pra te mostrar que existe gente muito sacana nesse mundo! Mas deve ter tido lá seu valor...
Durante a semana algumas frases postadas nas redes sociais me chamaram a atenção por tratar disso, do ir e vir das pessoas nas relações, claro que tem de tudo, desde as mais desdenhosas como "Aquilo que não te acrescenta, em nada te fará falta.", as simplistas  que são fato, como 'Quem muito se ausenta, uma hora deixa de fazer falta!”até a singela e poética de Caio F. Abreu "Posso esquecer quem me deixou triste,mas não esqueço jamais de quem me fez feliz".
No Saia Justa da última quarta, Leo Jaime disse que aparentemente é assim: no Orkut as pessoas estavam deprimidas, solitárias, saudosas; no facebook todos estão 'extremamente' felizes, só tem coisas boas pra compartilhar; e no twitter estão furiosos, indignados ao mesmo tempo em que prosaicos falam das coisas mais banais do dia, até concordo com ele quanto à histeria da felicidade instantânea do mundo virtual, mas o fato é que na era das redes sociais tudo foi facilitado, acesso e distanciamento, pois as pessoas estão todas muito conectadas, basta um clique e você demonstra que tá acompanhando o crescimento daquela filha linda da amiga, que já tá andando, ou dos primos distantes que estão começando a formar a própria família. Mas também essa facilidade de acesso pode explicitar que alguns estão ausentes por opção! Há uma frase de G.B. Shaw no MSN de um 'conhecido' meu (será que já passou nosso probatório, e viramos amigos? rsrs), que diz assim “o silêncio é a mais perfeita expressão do desprezo" e assim se processa nesse mundo virtual onde estamos todos tão interligados, conectados, misturados. Se alguém nunca responde seus e-mails, nunca dá um oi sequer via face, twitter, sms, bbm... Voltando a importância das pessoas , não estou aqui pra discutir mídias sociais, nem etiqueta online.
Concordo que todos que passam e/ou passaram em nossas vidas têm valor. Às vezes me vejo lembrando de alguém que não lembrava há muito tempo. Pessoas que construíram uma história comigo, pessoas com quem tive uma afinidade por um tempo. Outras vezes uma pessoa que mal conhecemos já nos faz uma falta enorme. Infelizmente a maioria nos chega trazendo o aprendizado de forma dura e só poucos o aprendizado de forma amorosa. Gosto muito de uma frase que diz que se podemos aprender com os duros golpes da vida, também podemos aprender com os toques suaves da alma, e é isso! Os encontros na vida são toques na alma, quando encontramos aquela pessoa especial, novos amigos, ou mesmo quando nos relacionamos mesmo no trabalho estamos colocando nossa alma em contato com a do outro, e fazer desse encontro uma coisa boa, abençoada, depende mais de nós do que do próprio Deus.
Há uma citação de Gandhi, onde ele conclui mais ou menos que precisamos mesmo, acima de tudo para viver, ter paciência e tolerância, assim, saberemos receber e passar por todos os aprendizados compreendendo, vivenciando e absorvendo. Entendo que nosso maior erro é quando não aprendemos nada e obrigatoriamente plantamos a necessidade de repetir (engraçado falar nisso, justo agora que estou prestes a refazer um mestrado).
A cada um dos meus amigos, e alguns desafetos também (rsrs) gostaria de dizer que fico feliz que tenhamos nos encontrado e espero ter contribuído de forma positiva neste encontro. A importância que damos às pessoas tem a ver com o retorno que receberemos, não necessariamente em igual proporção, porque as pessoas não amam do mesmo modo, as pessoas não odeiam do mesmo jeito! Tem quem ame em silêncio como quem ouve uma sintonia... Tem quem ama colocando num outdoor! Tem quem detesta, mas, tolera, ignora e só, mas também tem aqueles que quando num gostam... Aff, implicam, perseguem, difamam, confrontam, enfim infernizam! Nessa vida aprendemos que só podemos nos responsabilizar pelo que sentimos, fazemos e dizemos, como os outros reagem... Está fora do nosso controle. Portanto, é preciso ter carinho pelas pessoas que passam na nossa vida, amá-las sem amarras, entendê-las se possível, apoiá-las, mas, acima de tudo respeitar cada pessoa que cruza nosso caminho, porque, nenhum deles é menos importante, porque recebemos sempre aquilo que era necessário, porque de alguma forma nós plantamos. No carnaval, nas horas solitárias de viagem (como se eu ficasse sozinha muito tempo... Sem puxar ou dar conversa pra alguém rsrs) refleti muito sobre isso e posso afirmar de todos que passaram na minha vida não há ninguém que nunca foi importante! Parafraseando Renato Russo (amo!) "não tenho tempo de odiar ninguém, vivo muito ocupada amando quem me ama, quem eu quero bem..."

segunda-feira, 5 de março de 2012