domingo, 8 de abril de 2012

AMOR É SEMPRE INCONDICIONAL! Se impõe concições... NÃO É AMOR!

Nesse fds fiz um estágio maternal com Malu, fomos pra Barra de São Miguel na sexta de manhã cedo e só voltamos hoje pela manhã pra o almoço de páscoa em família. Descobri muito sobre um fator essencial do amor - a incondicionalidade! Fala-se muito que só as mães sabem amar incondicionalmente, mas será? Será que é preciso por um ser humano no mundo pra realmente amá-lo? Não refleti apenas sobre o amor que dedicamos às crianças, pensei no amor de modo geral - pai, mãe, irmãos, amigos e parceiros...
Malu, como qualquer ser humano tem personaliade própria, porque um dos primeiros enganos que se comete em relação aos pequeninos é achar que são seres inseridos num padrão-idade, algho do tipo " uma criança de 5 anos faz isso, outra menor mal pensa, só faz gracinhas, e obviamente não é assim! Malu é bravinha, cheia de vontades, muito inteligente e muito hiperativa também. É claro que lidando com crianças é preciso estabelecer limites(confesso que não fui muito eficaz nisso) mas existe diferença entre impor limites e ditar condições pra viver os momentos. Fiquei me perguntando se com as outras pessoas não é do mesmo jeito... E taí, concluí que é! tem-se por princípio que mãe 'tem' que amar o filho de qualquer jeito, mas o que é o amor se não uma opção, uma escolha. Há mães que abandonam, mães que maltratam e graças a Deus há aquelas que AMAM!
Nossas relações com as pessoas são igualmente independentes, temos a opção de amá-las ou abandoná-las. Eu sei que vocês devem estar pensando "ela só acha isso porque não é mãe, não sabe o tamanho do amor que é..." Realmente não sou mãe, mas acho que o amor foi uma dádiva dada por Deus a todos nós pra ser infinito entre todos os seres por ele criados.
Malu me tirou do sério uma meia dúzia de vezes, eu tinha a opção de ligar pra Franci ir buscá-la, ou mesmo trazê-la de volta, mas, ao invés de desistir, insisti em ter momento legal com ela. Sei que no dia a dia, no convívio com as pessoas não é fácil, que muitas vezes parece ser melhor desistir mesmo, mas, se você não insistir e não tentar vai estar impondo condições ao AMOR, e talvez perdendo uma das grandes alegrias da vida - a capacidade de amar!
Hoje além de ser um grande dia pra fé cristã é também um grande dia pra mim, é o aniversário de papai, outro ente querido que as vezes parece dificultar ser amado... Já pensou se eu dissesse "Só vou amar meu´pai se ele parar de seguir determinada crença religiosa" Vou parecer uma ditadora maluca, não que eu não seja meio maluquinha, porque sei que sou rsrs. Mas muitas vezes é assim que agimos sem perceber.
Hoje, especialmente hoje, 08 de abril de 2012, domingo de páscoa percebi que toda forma de amor é por princípio INCONDICIONAL, se surgem imposições, condições indispensáveis não deve ser amor, é qualquer outra coisa, mas, não é amor! Estou feliz por perceber que amor é exigente, que essa exigência é diferente de cobrança e que podemos amar com um enorme coração de mãe, mesmo sem ser uma!
AMOR é entrega, é escolha, é instinto... Se fossemos fazer uma lista de prós e contras pra essa escolha muito provavelmente ficaríamos confusos porque haverá momentos que um fator super a favor se volta contra essa relação, em outros que o que parecia um grande empecilho torna-se algo de positivo pro convívio com aquela pesssoa, ao mesmo tempo que cada escolha implica em uma renúncia, indica também novas escolhas.
Escolher manter uma amizade ou mesmo um romance com aquele alguém especial envolve muito mais que uma decisão racional, valorativa de prós e contras, envolve antes de tudo, sua decisão pessoal de amar sem amarras, sem imposições, ahhh sem sacrifícios torturantes também! Porque quando uma coisa ou pessoa está na sua vida pra te fazer bem, não pode haver sacrifícios dramáticos a serem feitos, renúncias dolorosas ou concessões que anulem sua personalidade. Em 2008 tia Gleidinha me escreveu num cartão de aniversário "Amar com equilíbrio é respeitar a liberdade do outro e ofertar a si próprio a sensção de amplidão que o amor bem sentido gera na alma"  agora entendo...
No meu estágio maternal em tempo integral com Malu entendi que amo por opção e não por obrigação!
Não sou obrigada a amar meus pais, minhas irmãs, as pessoas com quem convivo, eu as amo por escolha! E conciente de que cada escolha implica em uma renúncia... Renuncio aos meus momentos de petulância em que insisto em querer saber o que é melhor pra todo mundo, a despeito  de suas próprias vontades, renuncio aos meus momentos de ira e principalmente renuncio a minha atitude controladora que me faz querer tudo do meu jeito sempre!